Presos

7º Episódio
Capitulo I

Após o “demônio cornuto” atravessar a parede da caverna sem nos deixar uma pista se quer de como entrar no "espelho" da dimensão deles, nós ficamos inconsoláveis, porque estávamos do outro lado daquela dimensão de horrores e assistindo a tudo sem poder ajudar. Nossos sentimentos foram levados a loucura diante daquela carnificina feita em nosso amigo elfo. No meu Elessar... 

Nada mais tínhamos a fazer se não lamentarmos por nosso amigo. 
E para que a tristeza e o pesar ficasse mais doloroso, Magno decidiu no auge do desespero, que não iria mais procurar o portal dos Arcanjos.
Mah perguntou por quê? Ele respondeu

- Não estamos mais todos juntos Mah! E deveria ser "todos" ao atravessar o “Portal dos Arcanjos” E sem Elessar não iremos cumprir a exigência estipulada pelo Anjo que deu as instruções a Last.

Mah perguntou se ela não merecia que ele tentasse? Magno estava decidido e disse;

- Eu não irei descumprir uma ordem angelical por voce querida. Primeiro: Mesmo que voce seja uma grande amiga, eu não estaria fazendo por amizade e sim por interesse próprio, que seria o meu casamento com voce e o nosso futuro. Segundo: Nós tivemos um noivado lindo e cheio de pompas, mas foi para um casamento arranjado. Mesmo que seja uma tradição do nosso povo não merece uma traição ao meu amigo e nem a desobediência aos Arcanjos.Terceiro: voce nem gosta tanto assim de mim como homem para que eu desobedeça a um a uma ordem suprema! Sem meu amigo eu não irei! Vamos voltar para casa!

Mah não abriu a boca nessa hora! Porque Magno tinha razão!
Certo que ela estava encantada pela beleza e porte do cigano e havia feito uma promessa de libertá-lo do feitiço... Entretanto não o amava...
 Se os dois se casassem, ela Iria aguardar que o amor viesse após o casamento como seu pai falou.
Depois de um grande silêncio onde Mah fez  a escolhas das palavras certas, para que não parecesse mágoa ou decepção. Então, ela disse:

- Tudo bem querido! Façamos como voce desejar. Nós iremos para casa, mas antes temos que encontrar um meio de entrar nessa dimensão, precisamos levar o corpo de Elessar para um enterro digno. Agora uma pergunta sem respostas,  como entraremos ali?

Falou Mah apontando para a pedra de sacrifício onde o corpo de Elessar jaz ensanguentado.

Todos nós, acompanhamos a mão da cigana apontando... Eu que já estava chorando, chorei mais ainda; desabei em um choro compulsivo como eu não sabia ser capaz. Eu nunca chorava!
 Era um guerreiro calejado por injustiças, maldades, pancadas e fugas para não morrer quando criança.
Mais tarde me tornei um soldado violento que só se acalmava ao ver todos os meus inimigos mortos.
 A ida para Uhat foi que me deu nova personalidade, mais amena, confiante e amiga.

Só que, o motivo de tudo de bom que me aconteceu nesse mundo maravilhoso entre as grandes árvores e um rio vivo... Estava sobre aquela pedra fria e nem sabíamos como recuperá-lo para o enterro.
Instintivamente, fizemos um circulo e nos abraçamos enquanto eu tentava me controlar...
De repente eu ouvi que começaram novamente o cântico de evocação e eu disse sentindo a ira crescer em meu coração:

- A não! Vão chamar outro ser para quê agora? Para comer o corpo?

Meus amigos me perguntaram por que eu estava dizendo aquilo, eles não ouviram nada...
Mas quando olharam novamente para o “espelho” viram que todos os encapuzados estavam em torno do elfo moribundo e entoavam um cântico que meus amigos não ouviam, nem mesmo Last.
A feiticeira decadente guardou a redoma com o coração do elfo e ao voltar para junto do corpo... Transformou-se diante de nossos olhos em uma bela fêmea de cabelos dourados e Magno disse quase gritando:

- Realmente é ela!

- Ela o que Magno?

– Perguntou Last surpreso.
Mas antes que o cigano respondesse a feiticeira chegou a sua mão que emanava uma energia visível de cor verde na direção da mão pendurada e ensanguentada de Elessar que estava mortol..
Fiquei impressionada com aquilo porque energia verde é a energia de cura usada pelos elfos. Mas nem os elfos podem curar um ser que não possua um coração; Quase fiquei feliz ao pensar que ela o traria de volta...
Por pouco tempo... Como aquela feiticeira poderia curar um elfo sem o coração? Ficamos olhando o que iria acontecer.

A seguir as energias verdes da feiticeira começaram a ser sugadas pelo corpo inerte do elfo! Imediatamente ela retirou a mão e disse aos encapuzados que continuassem com a evocação.
Logo vi que eu estava enganada. Uma bruxa má que aceita fazer algo assim com um ser de luz como Elessar não iria tentar revive-lo. Ledo engando meu.
Os encapuzados voltaram a entoar o cântico de evocação.
Last tentava com todos os seus poderes encontrar uma entrada para o “espelho” e foram todos em vão. Nada foi  encontrado nenhum portal, nenhuma abertura.

Instantes depois uma força arrasadora partindo do corpo do elfo atirou longe todos os encapuzados.... Eles se chocaram contra as paredes da caverna e como se não sentissem dor voltavam ao seu lugar de antes. E novamente eram atirados longe com uma força sobrenatural.  Apenas a feiticeira continuava intacta ao lado da pira com seu turíbulo fumegando na mão e dizendo palavras que para mim eram indecifráveis.

   Sem que pudéssemos crer em nossos olhos... Elessar levantou-se da pedra de uma só vez...  E possuindo grande fúria segurava os encapuzados pelo ombro e pela cabaça e arrancava... Sem dó! Sem piedade. Depois de matar todos dessa maneira foi até a feiticeira que não se moveu do lugar que estava e ajoelhou-se aos pés dela...

Estávamos completamente sem ação... Nosso amigo rendendo homenagem a uma feiticeira do mal! Ele que não se ajoelhava nem para salvar sua vida...
Não podíamos crer no que víamos.
Era como se estivéssemos tendo um pesadelo em conjunto!
Não dava realmente para acreditar!!!
 Mesmo que o fato estivesse diante de nossos olhos.
Enquanto ele estava ajoelhado aos pés dela, a feiticeira girou o turíbulo em torno do elfo varias vezes cobrindo-o numa nevoa de fumaça, e quando a fumaça se dissipou a pele dele estava inteiramente negra, as lãs estavam mais prateadas, fugindo da cor da lua que eram antes, os olhos estavam vermelhos e reluzentes. O elfo juntou as lãs na mão e suspendeu prendendo-as em um rabo de cavalo... Mesmo estando com a pele diferente Elessar preservava a beleza típica de sua raça. A feiticeira olhava para ele de forma lasciva.

Em seguida o elfo vestiu um manto negro com capuz por cima do seu corpo nu. E tudo acontecia a alguns passos de nossos olhos estarrecidos com o que estávamos assistindo. O elfo olhou direto para nós com seus olhos vermelhos... Fez um gesto com as mãos como se tivesse moldando algo e em seguida... Atirou uma esfera de luz negra na nossa direção.
   A esfera ricocheteou contra a barreira e desintegrou-se desaparecendo em fumaça. Fazendo nossos corações voltarem a bater depois do susto; achamos que morreríamos todos com aquela magia poderosa!
A feiticeira ridiculamente bateu palmas e disse:

- Seu nome agora é “Ten-bra” que significa (o verme da destruição) meu querido ex-elfo. Quando eu soube que voce estava na minha dimensão eu desejei que voce fosse meu, como voce não quis ser meu espontaneamente eu precisei usar de persuasão para que pelo menos fosse "meu aliado".

Elessar Chiou para ela mostrando suas belas presas... E a bruxa que eu odiava com todas as minhas forças continuou falando.

- Quando eu soube que havia mais uma besta naquela floresta proibida para mim, tentei evitar que voces a salvassem para que eu a trouxesse para o meu lado. Um poder como aquele não se pode dispensar. Mas quando minhas gárgulas fizeram o serviço sujo, que seria, matar os seres que tentavam recuperar a fêmea que se tornaria a besta. Voce me deu outra expectativa de poder sabe por que?

Elessar chiou novamente para ela, me pareceu que ele não podia falar.
A bruxa continuou: sobre os olhos submissos do meu amigo.

 - Porque voce foi estraçalhado pelas garras da minha gárgula. O certo seria voce morrer e a fêmea que te acompanhava morreria também, por não conseguir voltar sozinha das montanhas geladas sendo ela humana.
Mas voce meu querido. Ressurgiu dos mortos!
 Eu vi naquele momento que voce seria perfeito comigo. Seu poder está além dos poderes de todos nós os magos negros. Voce eu já consegui trazer para mim, Agora vamos nos empenhar em trazermos o elfo que possui o "signo" do rei e a fera criada por "Mandíbula de aço".
Em seguida os dois foram juntos para a sala seguinte da caverna e desapareceram.

Sentamo-nos no chão sem dizer nada! De tão estarrecidos que estávamos.
A feiticeira tinha Elessar e queria Magno. Ela não sabia ainda que Magno era o elfo do "signo" e também o tigre! Talvez nem soubesse que ele era também o Vampiro de lãs prateadas que ficou famoso nessa terra amaldiçoada.
Magno disse cabisbaixo.

- Como voces querem que eu continue minha busca pela cura se vejo meu amigo se tornar um demônio. Como isso aconteceu Last?

- Acho que sei! Mas prefiro ficar em silêncio até ter certeza, depois vou precisar acabar com o demônio que ele se tornou. Porque se Elessar ainda guarda as suas memórias, se não esqueceu quem ele foi. Meu amigo elfo será uma maquina de destruição para muitos povos. Vamos pegar o obelisco e ir embora.

disse Last visivelmente preocupado.

- Voce sabe onde está Last?

- Não Dseyvar! Pensei que voces soubessem.

- Voce não estava com Elessar quando o capturaram Last? Não sabe o que aconteceu?

- Não Magno! Saímos em direções opostas e eu fui salvar voces naquela cidadela erma para ajuda-los a acabar com Harock que infelizmente fugiu de nós e o Elfo foi investigar com o Obelisco se encontrava um portal que o levasse direto para Lorian e seu cativeiro.

- Como vamos acha-lo? Precisamos procurar ou não poderemos voltar.

- Vamos ao nosso esconderijo;

Disse Mah! E fomos até lá... E para nossa grande tristeza não estava lá...

- NÃÃÃÃÕ ESTAMOS PRESOS! Falou Dseyvar com as mãos na cabeça.

Capitulo II

Enquanto isso na nossa dimensão no acampamento de Magno:

- Como assim voces não sabem onde estão minha irmã e o seus amigos?

- Acalme-se Elfa! Eles foram procurar o portal.

- Anão! Voce é o porta vós do acampamento? Eu quero saber para onde eles foram e não o que foram fazer. O mago de meu mundo me disse que estão em um grande perigo!  Acontece que ele não conseguiu ver exatamente o que, nem onde.

- Então... Eles foram para a Floresta Negra e de lá seguiriam para o portal dos Arcanjos para curar o tigre.

- FLORESTA NEGRA? Mas a floresta é perigosa para forasteiros. Eu vou procura-los.

- Vou com voce!

- Ah! Mas não vai mesmo "anão"! Voce será um empecilho para mim! E sem voce eu posso ir bem rápido.

- Não zombe de mim Elfa! Eu não sou um fracote! E por favor para de me chamar de "anão"! Meu nome é Enrico e eu tenho orgulho da minha casta.

- Não se trata de desfazer de voce "anão". Trata-se de ser precavida! Com licença!

Antes que Enrico pudesse dizer qualquer coisa Sitaara sumiu na mata  com o intuito de chagar à floresta negra.
O cigano ainda correu atrás dela, mas o que um cigano, um humano, poderia fazer no encalço de um elfo?
Quando Sitara chegou a "Nefah" o rio principal que corta a floresta de Uhat.
No ponto do rio onde se encontrava com o semi Deus! Emre foi até a raiz do carvalho e comeu a sementinha da fruta lilás da arvorezinha que Emre plantou para quando ela precisasse se transportar por mundos. Principalmente para vê-lo em Notorian".

Sitaara se transportou para a "Floresta negra de Lat"  Um mundo totalmente verde e selvagem donde mal se podia ver o Sol devido as grandes árvores.
Assim que pisou no solo, foi surpreendida por uma sombra que se aproximou vinda por trás dela...
Sitaara virou-se de súbito e pôde ver claramente ainda se materializando diante dela um cavaleiro sobrenatural... Que ostentava uma vestimenta que expressava as trevas da sua alma. A vestimenta dele era de um negro tão profundo que lembrava a tenebrosa escuridão do submundo.
Sobre sua vestimenta, um manto roxo, montando um alazão também negro...
O que a surpreendeu!  Porque ele não era um elfo e estava na "floresta negra".  Os elfos não montam em animais negros. E esse cavaleiro estava nas terras sagradas dos elfos. O que estaria acontecendo?
 Ele trazia na mão direita um machado de guerra e na esquerda uma corrente. Era soberbo e senhor de si.

Sitaara percebeu que esse ser, era um humano transformado. Ele tinha olhos vermelhos e grandes presas.
Não! Ela não o confundiu com Vampiro! Sitaara tinha certeza de que se tratava de um ser demoníaco qualquer. Ela encarou o cavaleiro negro que acabava de apear... Assim que ele pisou no solo Sitaara desembainhando sua espada e esperou pronta para uma luta se tivesse uma. O cavaleiro olhou para a bela espada da elfa com um brilho estranho nos olhos.
.
Sitaara era portadora da *Talavaar*! Uma pesada espada Arcana com lamina larga e inscrições sagradas. A espada tinha corte duplo, a ponta curvada e cabo longo de prata pura em relevo. Essa espada podia lançar rajadas de luz concentrada contra o oponente que o deixaria cego, dando a ela a vantagem de atacar ou até mesmo podia queimar o oponente se fosse introduzida na carne do mesmo. .Foi um presente do Rei elfo Vorgyel por mérito! Por Sitaara ter comandado os soldados defendendo os portões de seu reino bravamente fazendo os oponentes baterem em retirada.

Temendo que a Elfa o ferisse com sua espada o cavaleiro girou a corrente sobre a cabeça e lançou para prende-la ou talvez derrubá-la com a força do golpe. Sitaara saltou a corrente que passou zunindo por baixo dos seus pés com muito perigo de feri-la. Em seguida avançou de encontro ao cavaleiro negro com sua espada em punho pronta para batalha.
 A espada de Sitaara foi criada principalmente para matar demônios. Possui fonte de energia de luz.

Mas sem que ela esperasse o cavaleiro jogou seu machado quase acertando sua cabeça.... A elfa corajosa recuou alguns passos, não por medo dele, mas para poder olhá-lo de frente e perguntar:

- Quem é você cavaleiro demônio?

- Sou o capitão do exercito do mago Vishtu! Os Demônios. – disse ele com frieza.

- Meu nome é Sitaara e eu sou capitão da guarda real do Rei Vorgyel....

-Capitão? Voce “elfinha”? Onde esta seu exército então? – perguntou ele curioso.

- Isso não lhe diz respeito. – Ela  respondeu olhando firme para ele.

- Você é interessante sabia “elfinha”?

Em seguida o cavaleiro pronunciou umas palavras mágicas e os dois foram levados para outra dimensão erma e fria, depois subiram paredes negras que fechou os dois dentro do campo de batalha  à sós. Para que pudessem travar longe dos elfos uma batalha de vida ou morte e com certeza, para que ele pudesse usar energias negras.

- Porque me raptou? Não se garante sozinho? – perguntou Sitaara intrigada.

- Nada disso “elfinha” , foi simplesmente porque aqui não entrará ninguém, Meu campo de batalha é indestrutível! Intransponível! Bem, tem uma maneira de voce sair ou alguns dos seus entrar. Se voce me matar.

Disse ele dando uma risada maligna. Sitaara ficou sem opção, teria que enfrentar um mago longe de seu habitat que é a floresta e a gaia. Mas a bela elfa também tem seus segredos e disse a seu agressor.:

- Então “CAVALEIRO” Eu vou te matar!

- Vai “Elfinha”?
É com essa Espadinha que voce vai me matar?
Vai mesmo me matar?
Então o que está esperando?

- Não me subestime “CAVALEIRO”.

O cavaleiro zombando de  Sitaara disse rindo:

- Tudo bem! Foi voce que pediu boneca.

    Em seguida rodou seu pesado machado como se fosse feito de folhas, depois bateu com ele no chão causando uma rachadura que correu no solo, como uma serpente na direção de Sitaara que pulou rápido esquivando-se.
 Ao ver que ela se esquivou fácil, o cavaleiro avançou e lançou a corrente tentando golpeá-la .
Sitaara que havia comido a semente mágica de Emre para transportar-se desapareceu da direção que a corrente bradava e apareceu atrás do cavaleiro chutando-o no traseiro. O cavaleiro catou cavaco, mas se levantou rápido muito surpreso.

- Mas... Que poder é esse “elfinha”?

- Poder? Que poder? Há! Sim o de te pegar desprevenido com um chute no seu traseiro? É uma magia muito antiga que os cavaleiros não conhecem. Eu a revivi!
 E como voce pôde ver, é um poder eficaz!

Disse Sitaara zombando dele.

- Voce sabe muito bem que não falo do chute “elfinha”, Mas tudo bem, foi Interessante! Já que voce quer; eu vou fazer essa luta ficar divertida.

Dizendo isso o cavaleiro rodou seu machado e atirou no chão criando uma nuvem negra que cruzou o local e ricocheteando bateu nas paredes criadas por ele na dimensão que estão, essa nuvem negra de poder cortante, iria colidir com Sitaara... Mas ela levantou sua espada absorvendo a magia, em seguida  atirou de volta na direção do cavaleiro cortando-o em várias partes do corpo e fazendo o inimigo urrar de dor
Depois que ele se refez da surpresa que teve ao ser ferido com seu próprio poder. Ele disse.

- Estou aqui para cumprir ordens e o farei a qualquer custo.

Ao dizer isso com um sorriso malicioso e o olhar de escárnio.
 Sitaara percebeu que ele foi escolhido a dedo pelo tal de mago Vishtu.
Porque ela podia ver a ruindade dele correndo em suas veias tétricas.
Ela atacou o Cavaleiro Negro e enquanto ela corria ao encontro dele, o cavaleiro ficou olhando para a espada de Sitaara e disse:

- Seu poder é fascinante!

- É? Voce acha mesmo? Então isso também te diz: que voce não tem chance comigo “CAVALEIRO”.

- Acontece “elfinha” que esse poder que tem na sua espada e que faz ela brilhar assim quando me aproximo, de certo que não afeta os humanos ou voce já teria me acertado com ele, mas até o dado momento o que voce fez, foi me acertar com o meu próprio poder, usando a espada como escudo e em seguida como uma arma..

- Se voce acha isso me ataque! Nada irá me impedir de derrotar voce.

Falou Sitaara enquanto estudava todos os movimentos do cavaleiro. Ela tem uma diferença de mim. É ponderada enquanto eu sou afoita.

O cavaleiro avançou girando o machado sobre a cabeça e com a corrente enrolada no braço esquerdo, o que fez Sitaara perceber que seria o golpe seguinte dele.
Pensando assim ela se preparou para desviar saltando no tempo, porém,  o cavaleiro que já conhecia esse poder de distração usado por ela. Ao atirar o martelo, ele o fez jogando-o para trás segundos depois de ela desaparecer e o machado acertou Sitaara com precisão fazendo-a ir ao chão... Bastante ferida.
 E ele disse com aquele seu jeito irritante:

- Queridinha! Voce peca por ser sensível demais.

Sitaara não revidou porque ela sempre mantém a calma durante uma luta para poder usar a razão. Ela pensou por uns instantes... E percebeu que aquele cafajeste demoníaco havia feito tudo de caso pensado, que a corrente foi um engodo e ela "pegou" O sangue dela ferveu de ira! E...  Sitaara... Levantou furiosa do chão com aquele irritante cavaleiro que a faz perder as estribeiras e sair do sério!

Em seguida ela girou a espada com a mão esquerda criando um grande redemoinho das partículas que o machado do cavaleiro criou ao bater no chão e com a mão direita enviou na direção do cavaleiro com a força de um ciclone...
 O cavaleiro lutou contra a força do furacão sendo tragado por ele.
E girando em alta velocidade.
 Quando Sitaara iria dar-se por vencedora parando o ciclone de súbito, para mata-lo com a parada brusca, o cavaleiro conseguiu chegar ao núcleo do furacão, Usando a força de empuxo ele girou seu machado...
E jogou-o para fora do turbilhão sem soltar o machado, saindo junto com ele do ciclone..

Sitaara suspirou decepcionada por estar novamente diante dela aquele cavaleiro irritante e o seu machado não menos irritante que ele. O cavaleiro havia perdido a corrente, mas estava com muita fúria e ira de Sitaara por tê-lo ferido pela segunda vez! Tinha as vestes rasgadas e o rosto sangrando quando  perguntou sarcástico:

- Está surpresa em me ver “elfinha” Eu não morro assim tão fácil. Aliás, eu não vou morrer enquanto não levar o tigre para o meu Mestre Vishtu.

E avançou girando seu machado criando uma nuvem negra que tentava engolir a elfa. Ela perguntou enquanto saltava de um lado para o outro para se livrar de ser tragada:

- De que tigre voce está falando seu idiota. Nunca vi precisar de um lacaio poderoso para caçar um tigre. E porque voce não foi caçar esse tigre ao invés de me atacar, eu tenho mais o que fazer e....

A onda atingiu Sitaara com tanta ferocidade que ela cuspiu sangue ao cair com força para trás.
O sangue quente que jorrou em grande quantidade manchou de escarlate a sua armadura dourada... Ela se sentiu um animal acuado por caçadores mas não recuou levantou do chão com os punhos cerrados, o cenho franzido, respirando com dificuldade e a visão turva.

Ao vê-la levantar-se o cavaleiro falou decepcionado e enfastiado dessa luta:

- Morre logo “elfinha” pra  que eu vá fazer minha lida e pra voce não sofrer mais, deixa de ser burra e para de lutar com a morte.

E querendo terminar logo com aquela batalha que o atrasava, o cavaleiro girou seu machado e jogou contra ela, dessa vez com a certeza de acertar, porque ela estava desarmada e não tinha forças para sumir e aparecer em outro ponto como fazia. Sitaara teve uma ideia e pensou:

- “Isso vai consumir muita energia mais eu preciso fazer ou vou morrer”

Ela resolveu usar o poder que ainda não tinha conseguido, mesmo com tanto treinamento com o mago que forjou a espada.
 Sitaara levantou a mão e a espada veio a ela!
No instante em que o machado iria acerta-la.
Sitaara conseguiu desviá-lo a milímetro de sua cabeça.
Em seguida apanhou umas pequenas esferas em seu bolso e jogou contra o cavaleiro com intenção de que elas explodissem dando tempo a ela de se refazer.
O cavaleiro usou seu machado destruindo todas as esferas e depois perguntou:

- Que armas ridículas são essas “elfinha”? Permita que eu acabe logo com isso.
Ao dizer isso ele avançou contra Sitaara que já havia se refeito um pouco e se levantou... Assustando o cavaleiro que parou a carreira que vinha para acertar o machado sem dó bem de perto. Sitaara ainda mancando e segurando o ventre  disse:

- Olha outra vez "CAVALEIRO"?

Ele olhou para trás e as esferas vinham todas na direção dele como renascidas. Ele girou seu machado sobre a cabeça em seguida estancou-o de repente para que a inercia fizesse as esferas se chocarem e  assim desintegrarem  em partícula. Mas...

- O que isso?? Eu não acerto elas....

Sitaara falou: com um sorriso de lado e uma sobrancelha suspensa:

- Claro que voce não acerta nelas "CAVALEIRO", porque as esferas renascidas eram apenas uma ilusão criada por minha espada! Mas esse golpe agora é verdadeiro.
E bradou sua espada arcana com a mão esquerda atacando o cavaleiro que colocou seu machado na frente para aparar o golpe... Mas... A espada cortou o Machado no meio. E queimou o peito do cavaleiro como água fervente... Sitaara Ainda no mesmo golpe jogou a espada para a mão direita e girou o corpo para esquerda ficando quase de costa para ele e  enfiou a espada acertando o cavaleiro na lateral da cintura...  Por baixo do braço esquerdo dela.
 Produzindo um ferimento cauterizado se ele fosse humano... Mas produziu queimadura em seus orgãos... O cavaleiro estava desnorteado  quando disse...

- Mas... Eu sou humano! Uma espada arcana não destrói um humano... eu...

Sitaara respondeu

- Não destrói um ser humano!  Mas voce é um demônio "CAVALEIRO"!

Ao terminar de dizer isso Sitaara arrancou a espada da cintura dele e com um giro fantástico degolou o cavaleiro ficando de frente para ele!
Cara a cara! Olhando nos olhos arregalados do surpreso "CAVALEIRO" que não conhecia a fé de um elfo. A cabeça dele caiu fazendo um ruído abafado e Sitaara  arrancou um pedaço das esfarrapadas vestes negra do cavaleiro limpou a espada embainhou e empurrou com o pé o corpo que continuava de pé sem cabeça..

Assim que o cavaleiro morreu o portal da dimensão se abriu enviando Sitaara de volta para Floresta Negra.
 Ela apareceu justo onde estava antes de ser levada para outra dimensão e se deparou com Enrico esbaforido de tanto correr procurando por ela.
 Ao vê-lo ali ela perguntou com um sorriso que iluminou o coração do cigano:

- Como voce veio parar aqui “Anão”?

Ele respondeu emocionado com o belo sorriso da Elfa que deixava a mostra suas pequenas presas fininhas:

- E... Eu... Foi com a ajuda da elfa da tempestade. Eu disse que voce estaria sozinha.

- Estaria não! Estou... Porque voce não vai comigo "anão"! Mas e agora como vou saber onde estão?

- Se ainda não foram atrás do portal dos Arcanjos estão no acampamento do cigano Le Mat Vou transportá-la até lá. – disse Tempest que estava em companhia do belo Elfo de lãs vermelhas.

- E eu também quero ir ao acampamento Elfa.

- Nada disso “Anão” Espera aqui pela Elfa da Tempestade. Ela te levará para casa não é Tempest?

- Levarei sim! Espere-me aqui Cigano! Eu não demoro. Pode ficar na companhia
de Elros.

Antes que elas desaparecessem o Cigano chamou.

- ELFA!

Sitaara olhou para ele e perguntou;

- O que foi "anão" ?

O Pequeno Cigano olhando-a com carinho pediu:

Diz meu nome por favor! Voce só me chama de "anão"

Sitaara olhou para Tempest... Depois para Elros... E sem graça disse:

- Enrrrrico!

O Cigano sorriu satisfeito virando varias cambalhotas para trás enquanto dizia:

- Ela é maravilhosa elfo! Viu como ela diz meu nome bonitinho??

Elros sorriu com cumplicidade e Sitaara balançando a cabeça incrédula, olhou aquele pequeno cigano virando cambalhotas e disse.

- Depois ele quer me convencer que não é um anão, ele faz coisas de anão!

E as duas sumiram da frente deles.

***********

Enquanto isso nós procurávamos Incansavelmente o obelisco para sairmos daquele mundo miserável. Queríamos voltar para casa.
Sair daquele mundo cheio de sofrimentos, Problemas, angústias, Das criaturas que corriam de um lado para o outro!
Nós não as temíamos, mas era muito degradante ver criaturas que com certeza foram um como nós, como nosso Elessar. Porque magia pode destruir um Elfo.

Temíamos apenas que tudo isso não acabasse bem.
Entretanto, por menor que fosse a nossa parcela de esperança de encontrar o obelisco... Continuávamos! Para voltarmos para casa e voltar levando nosso amigo conosco para um enterro digno.

Comentários

  1. Sitaara Ainda no mesmo golpe jogou a espada para a mão direita e girou o corpo para esquerda ficando quase de costa para ele e enfiou a espada acertando o cavaleiro na lateral da cintura... Por baixo do braço esquerdo dela... maravilhosa essa luta com vitória da nossa guerreira.

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    1. Obrigada minha querida Mah! Gosto de te ver por aqui.

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Já estamos na terceira Temporada das Aventuras de Sigel. Graças a voces meus leitores. Continuem comigo por favor.

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